segunda-feira, 20 de maio de 2013

...com música ao vivo

Às vezes escrever não me agrada. Como agora. Mas em algumas outras vezes é como se só me restasse escrever mesmo. Ao som de Leoni e várias músicas tidas como bregas, mas que todo mundo gosta. Como agora.

As pretensões de agradar alguém quase inexistem. É só mais um texto postado. Deve ser assim porque de alguma forma ele precisa ser publicado. Mesmo sem significar grandes coisas.

Escrever é pra de vez em quando.



E queria estar num barzinho com música ao vivo.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O meu coração pirata


O meu coração pirata, aventureiro, deu-me sustos, deu-me preocupações. Agora bate ansioso por pulsações melhores.
O meu coração pirata, jovem e meio confuso, vai aprendendo aos poucos como ser, como bater no ritmo.
O meu coração pirata continua querendo mil coisas. Continua sem conseguir citá-las com tanta clareza. Continua querendo abraçar o mundo. Tendo boas raízes.
O meu coração pirata não admite mais se desesperar. Ele é dono de si. E eu sou dono dele.
O meu coração pirata continua a bater vigoroso. Querendo.
E eu sei bem quem sou.
“Ah! O espelho me disse: Você não mudou...”



sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Desejos da noite


A noite é cheia de desejos. O escuro.
As luzes dos letreiros são um convite à experimentação. O vento frio abraça os corpos daqueles que se aventuram neste universo de prazer.
Fumaça. Cigarros.
Taças de vinho, copos de uísque, copos de vodka. Taças de gritos, brindes de uísque, copos de risadas. Risadas de tristeza e de prazer ecoam no ar formando a sinfonia da noite. Barulhos e ruídos de vozes daqueles que buscam. Buscam algo. E cá estão.
A catarse noturna é prazerosa. É excitante.
Elocuções sinceras bombardeiam ouvidos abertos. A franqueza ébria surge depois de arrancadas as máscaras da hipocrisia e do pudor. Os sentimentos afloram nas suas mais variadas formas. Ama-se mais. Odeia-se mais. Permite-se mais.
E ao ouvir os primeiros acordes
Declamar músicas apoteóticas intensamente para sua plateia de amigos particular
E vem o refrão
Pausa para um gole
O espetáculo cômico e desajeitado continua. Gargalha-se disto e de qualquer outra coisa banal.
Conecta-se à noite, à madrugada, aos abraços e beijos, cantos, gritos e risos. E o que se quer é sempre mais dela. Do jeito que se quer. Da maneira despretensiosa, assim mesmo, cheia de pretensão.
E a noite avança. E assim se segue.
Amanhece.

Cena do filme "Albergue Espanhol"


domingo, 2 de setembro de 2012

Correu


Seus sapatos branco e vermelho estavam também marrons. Marrom da lama agora seca da rua.
Andava pela rua e buscava aquilo que lhe faltava. Buscava o que desejava.
Seus sapatos denunciavam a busca. Os caminhos eram muitos. Sujos de lama.
Seus sapatos...Ah, seus sapatos eram branco e vermelho. E ele foi para a rua. Como um fugitivo.
E correu.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Cabelo Vermelho





O blog de um nobre colega aberto na tela

Tão simples e tão sofisticado. O que li agradou-me tanto, tanto... Gosto quando isso acontece.
Gostei tanto, mas não sei o que falar dos belos textos. O conteúdo daquilo era verdadeiro.
O tom marrom na tela.
Ontem a TV estava ligada e já passava das onze da noite. Passava um filme. O preço da traição.
Amor, ciúme, infidelidade. Clichê. Parecia bom. Não sei se era.
Não prestei atenção.
O cabelo da atriz era vermelho.
Ela era pálida e de olhos claros. Era um contraste bonito. Sua pele e seu cabelo.
Conversas vagas. Tecnologia que afasta e aproxima.
Quadradinhos falantes. Coloridos.
O tempo estava frio. Daqueles de se mexer pouco. Ficar quieto.
Na verdade continua assim.
Eu ia escrever. Eu (não) queria. Parecia que as palavras relutavam em ser digitadas. Sem ideias boas. Onde estão as frases de impacto? Desta vez Ana ou Carla não queriam que eu contasse suas histórias. Isso é muito incomum. As palavras pareciam ter receio de se revelar.
Esquivavam-se de alguma coisa. Não sei de que.
E eu ainda tinha que tomar banho...
E as palavras sem querer sair. Na verdade, continua assim.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Dia

O dia estava tão estranho que fazia as pessoas pensarem sobre ele. Tudo calmo. Nem calor, nem frio. Pouco barulho, mas não silêncio. A estranheza fez-se no dia. E o que se pensava na mente era sempre o melhor.
O curso sendo seguido. O planejado e o inesperado misturavam-se. Alguns liam, outros escreviam, outro cantava canções catárticas dentro de casa. O sol estava fraco. O vento da mesma forma. Todos no campo de batalha. Todos soldados. Guerreiros. A bandeira hasteada no topo do monte mais alto. Pássaros recitavam suas músicas repetitivas. Ou talvez conversassem entre si. Tudo é simples. Tudo é complexo.
Poucas palavras, pouca conversa, muito amor e fraternidade. Muito desejo no ar. Muito mistério. Muita falácia. Pela janela saiam as claves do fundo da alma de alguém que cantava “Eu não quero perder nada”.*

*http://www.youtube.com/watch?v=8v626CMvM5Q

sábado, 3 de março de 2012

O barco. O porto?



O barco estava a fazer o que lhe era mais natural, navegava no enorme e aparentemente infinito mar. Havia saído do seu porto de origem e estava em plena viagem. Não era nem muito velho, nem muito novo. Já tinha passado por muitas marés e tinha algumas milhas náuticas percorridas. Qualquer um projetaria que sua longa excursão ainda duraria muito tempo. Até chegar ao seu destino, seu último porto, onde atracaria de maneira definitiva.
            Estava este barco dando curso ao seu destino, a sua grande e gloriosa jornada marítima. Deixando muita água para trás e buscando mais. Algo normal. A proa apontando sempre em frente. Sempre. Talvez o tempo não fosse de bons ventos. Talvez uma tormenta atrapalhasse o seu rumo. E o deixasse à deriva ou mesmo encerrasse de maneira definitiva a sua jornada. Chegaria ao porto? Seguia. Navegava.