segunda-feira, 16 de maio de 2011

Aurora do dia, alvorecer do espírito

Júlia acordou e foi até a frente de casa. Olhou a rua, ainda com o rosto amassado. Remelas nos olhos. Porém não se importaria se alguém a visse. Queria mesmo era ver a rua. Olhar a manhã. Sentiu o vento frio no rosto. Início do dia.
Em seguida fechou a porta e voltou para dentro de casa.
Ligou a TV.
Sintonizou em um canal aleatório. Caminhou para a cozinha, ouvindo a voz familiar de algum apresentador de telejornal. Abriu a geladeira e fixou o olhar. Parou por poucos segundos, sem pensar em absolutamente nada. Mente vazia de início de dia. Era normal.
Fez seu sanduíche de presunto e queijo. Encheu um copo de suco de cor amarela. Seria de laranja ou maracujá? Não lembrava direito.
Foi, então, até a sala quando subitamente caiu no chão. Havia tropeçado no pé do sofá.
A princípio teve raiva. Foram cerca de 20 segundos cultivando tal sentimento. Mas permaneceu deitada no chão. Foi quando começou a rir freneticamente. Mais e mais. Gargalhar!
A TV ligada.