quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Circulo vicioso



"Vamos começar
Colocando um ponto final
Pelo menos já é um sinal
De que tudo na vida tem fim"

Ano novo, vida nova
Novo ano, nova vida
Velha, antiga, contínua
Vida. Apenas vida.

A vida continua a mesma
Anseios mil por melhoras
Sendo assim torna-se nova
Nova coisa antiga

A partir da meia-noite
As coisas acabam e começam
Necessidade humana
Tudo novo de novo

"E vamos terminar
Inventando uma nova canção
Nem que seja uma outra versão
Pra tentar entender que acabou"

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O natal do menino que cresceu

É véspera de Natal. Faltam poucos dias, mais ou menos 1 semana, para o ano novo. Neste caso, 2011. Todo ano é a mesma coisa. Tradição. Aurélio, do dicionário, fala que “a tradição é o laço do passado com o presente”. Confraternizar, celebrar.
Vou aqui contar a história de uma criança. Sobre o que significava o natal para ela. Um menino. Desde cedo este menino havia aprendido que o natal era a comemoração do nascimento de Jesus, o filho de Deus. O salvador dos homens. Influências de uma sociedade cristã, ajudada por uma educação em uma escola também cristã. Protestante. Apesar do garotinho não seguir esta religião.

Mas, como a maioria das crianças enfiadas no capitalismo ocidental, o natal para ele era aquela época em que o papai Noel dava presentes. Obviamente que, esperto todo, esse menino logo percebeu que o papai Noel não existia como se pregava. O bom velhinho aqui era ajudado pelos pais dele. Na verdade, esse senhor presenteador e de bom coração levava todo o crédito pela entrega dos presentes. How how how!
O Natal era aquele período em que as ruas ficavam lindas, iluminadas. Muito iluminadas. Luzes. O mundo ficava diferente, mais bonito.

Uma árvore de Natal enfeitava a casa do menino. Não só sua casa, mas todos os lugares. Pinheiros. Um tipo de árvore que não é do Brasil. Será que deveriam enfeitar, então, um pau-brasil? Ou uma palmeira? Ufanismo. "Minha terra tem palmeiras".
Neste calor escaldante do Brasil, do nordeste, o natal é representado com neve (?) O papai Noel veste roupas de frio. Esquisito. Mais uma vez nosso moleque percebeu algo. Se tratava de uma importação de cultura, de costumes. Neve é chique.

Estudando, ele aprendeu que na década de 1930 existiu a presença de uma figura inusitada: O Vovô Índio, que saia da amazônia para ser o papai Noel made in Brazil. How how how!, ou melhor, Uga uga! Integralismo.
Vargas tentou difundir a ideia. Porém, as crianças não gostaram do vovô. Bye-bye Anauê!
Sendo assim. a infância dos anos 90, a do nosso protagonista desta história, foi com o Papai Noel mesmo. Com renas, saco vermelho, neve e frio. Frio não.

Era também no Natal que a mãe dele fazia comidas diferentes. Comidas típicas da época. O dia 24, a véspera, era um dos mais longos do ano, já que o menino queria mesmo era comer muito na ceia. Era Natal. 8 horas da noite e já estava de banho tomado. Arrumado com a roupa nova. Pronto para esperar a ceia natalina. Um pouco cedo, eu diria, mas crianças são... Crianças.

E não é que este menino cresceu? Cresceu e já é capaz de perceber significados ocultos, interesses escondidos no Natal. Contudo, não perdeu o encanto. Ainda se cativa com as luzes do Natal. O motivou eu não sei. Apenas estou aqui contando a história.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Everybody wants to rule the world*

Todos querem governar o mundo. Quem nunca quis? Não me refiro aqui a ocupação de cargos burocráticos no governo de nações. Tampouco ao chamado posto de “presidente do mundo” atribuído ao presidente dos Estados Unidos.
O que aqui me refiro são os nossos pensamentos, nossas vontades. O que nós queríamos mesmo é que tudo que desejássemos desse certo. Que cada sonho mais maluco e impossível, que, contudo nos faria muito felizes, pudesse tornar-se real. Seria simples. Bastaria que nós permitíssemos a realização de tal vontade. Estaríamos com as rédeas da vida.
Todos querem governar o mundo.
Lembram-se do filme Click? Não é apenas um filme engraçado e dramático com uma lição no final. Trata-se de um desejo inerente ao ser humano, que escondemos: O de governar o mundo. No caso da película, o controle universal faria com que momentos felizes durassem muito e que aqueles desagradáveis fossem logo superados. Bastaria que algum botão fosse acionado. Imaginem se isso pudesse acontecer...
O cinema é o meio encontrado pelos loucos e sonhadores seres humanos para reproduzir suas loucuras, seus ideais de mundo. A arte imita a vida. A arte cria a vida a seu modo.
E me vem logo na cabeça os sonhos. Cada um interpreta os sonhos da sua forma.
Porém, alheio a tantas teorias, creio que predominantemente sonhamos com algo que queríamos que acontecesse. Sonhos são sonhos. São sonhos devido a nossa incompletude. Devido à nossa cobiça pela perfeição. Sonhamos ao nosso favor porque somos egoístas. Todos querem governar o mundo. Todos querem governar seu mundo.
Mas, se não podemos tornar todas as nossas alucinações concretas temos, ao menos, o direito de imaginá-las realizadas.
Depois de imaginações transcendentais... Bem-vindo à sua vida. De volta.

*Everybody wants to rule the word: Todos querem governar o mundo, em português. Título da música, que inspirou a postagem. Da banda inglesa Tears for fears. Recomendo que leia a música para compreender melhor o texto.
http://letras.terra.com.br/tears-for-fears/39669/traducao.html

sábado, 4 de dezembro de 2010

Vivia. Agora sonho

Vivia em um mundo diferente
Um mundo mágico
Sem tristezas. Sem confusões
Vivia intensamente
Em um nível acima: a plenitude

Coisas tidas como impossíveis
Eram tão possíveis
Que se tornaram habituais.
A vida era valorizada. Era vida
Eu estava realmente vivendo isso.

A rotina era inexistente.
A vida era música. Melodia
Canções belas, eruditas... Suaves
O suor ao dançar era a prova da minha satisfação
Estava extremamente feliz. Felicidade

Repentinamente, a mágica sumiu: Acordei
O mundo ficou anômalo. Ficou normal
Porém, não havia delirado.
É certo que de fato eu vivia
Agora sonho

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Tempo e saudade

O tempo passa e eu fico nostálgico
Sinto falta
Mas falta de quê?
Eu deveria saber? Trágico!

Sinto saudade de ontem
Saudade do que foi
Lembranças do segundo que passou
E que não mais voltará

“Woman in chains”* me fez lembrar
Não sei o que, mas lembrei
É caso de psicanalista?
Afinal, o que querem os humanos?

Queremos tudo, mas não tudo
Na verdade, não sei responder
Fico aqui delirando, com saudade
Devaneios...

*Música da banda inglesa Tears for fears.

Pandemônio?

Pandemônio? O que é isso? Por que este nome? Qual seu significado?
Muitas perguntas...
Sim, tenho resposta. O significado de pandemônio aqui corresponde a uma balbúrdia. Uma algazarra. Um local onde reina a confusão.
Sendo assim, convido vocês para entrarem nesta confusão. Confusão de pensamentos sem objetivos concretos ou pré-estabelecidos.
Bem vindos à minha bagunça organizada.