Ele estava em
sua casa. Sozinho. Estava anoitecendo e os raios de sol já não mais chegavam de
maneira eficaz. A noite em pouco tempo prevaleceria. A sala já estava um tanto
escura. O suficiente para criar uma atmosfera diferente. Um clima que ele
gostava. Aquela penumbra do fim da tarde, do anoitecer. Para que acender a
lâmpada? Não, não iria acendê-la! Não acabaria com a mística. E não acabou.
Ligou o som e colocou músicas de seu gosto. Deitou-se no chão frio e fechou os
olhos. Ficou assim por um bom tempo. Aquilo era relaxante. A presença das
sombras era luminosa, trazia luz.
Quando abriu os olhos estava ainda mais escuro. A
noite já havia entrado e se estabelecido. Ela era a convidada. E não fez
cerimônia. Sentiu-se
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