segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Luzescuralímpida


Ele estava em sua casa. Sozinho. Estava anoitecendo e os raios de sol já não mais chegavam de maneira eficaz. A noite em pouco tempo prevaleceria. A sala já estava um tanto escura. O suficiente para criar uma atmosfera diferente. Um clima que ele gostava. Aquela penumbra do fim da tarde, do anoitecer. Para que acender a lâmpada? Não, não iria acendê-la! Não acabaria com a mística. E não acabou. Ligou o som e colocou músicas de seu gosto. Deitou-se no chão frio e fechou os olhos. Ficou assim por um bom tempo. Aquilo era relaxante. A presença das sombras era luminosa, trazia luz.
Quando abriu os olhos estava ainda mais escuro. A noite já havia entrado e se estabelecido. Ela era a convidada. E não fez cerimônia. Sentiu-se em casa. Ele, então, imerso na presença da convidada, se levantou. Da varanda olhou para o céu e questionou o acaso.

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