terça-feira, 21 de junho de 2011

Muralha de seda no ciclone da calmaria

A ventania. Ah, a ventania soprava forte. Shuuuu...

No meio de uma ventania estava Ana. A rua estava vazia, erma, e tudo o que se via eram coisas voando. Papéis e folhas rodopiavam no ar. Dançavam no ritmo do vento.
Ela estava serena. Era uma fortaleza delicada resistindo à força de algo que nem podia ver. Mas sentia. Sim, sabia que ele era invisível, porém nada discreto. Continuava a resistir. Mas não fazia esforço algum. Estava serena e caminhava lentamente em meio a tudo aquilo. Estava segura demais para ceder. Seu vestido branco de seda ameaçava deixar-lhe. E o vento continuava, continuava, continuava... Postes caiam, árvores caiam, caiam e caiam. O vento levava. Levou a rosa vermelha de sua mão. Levava tudo o que havia na rua. Mas não a levava, nem sua mente.
Ela vinha descalça. Pisava o asfalto morno e desgastado. Ria discretamente. Significava serenidade isso... Gotas de água começaram a molhar seu belo corpo. Começou a chover.

Um comentário:

  1. OOiee tudo bem?
    Vi o link do seu blog em uma comunidade do orkut,
    resolvi dar uma passadinha por aqui e gostei muito do que vi :D

    Estou seguindo já
    se você se interessar segue de volta
    a minha arte vale o que as pessoas estiverem dispostas a dar por ela

    www.ludimilabassan.blogspot.com

    Beijos

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