Uma voz rouca na medida certa.
Desafinações elegantes. Um ar de superioridade tão elevado. Usava graves
esporádicos apoteóticos. Cantava o que gostava e o contrário também. Imortalizava
canções. Seu canto era sua fala. Era quando a sua alma tinha vez e voz. E por
assim ser proferia verdades e mentiras a todo instante. O tudo e o nada.
Nenhum concerto era igual a outro. Cada um tinha sua mística própria. Era a
mesma apresentação sem ser. Era o corriqueiro repetido sem jamais repetir-se.
Presença de palco. Era quase um evento religioso de transe coletivo. Cada
música, cada refrão era um êxtase espiritual de sentimentos. Em algumas vezes
todos cantavam juntos com ele. Descarregavam. Canalizavam suas emoções retidas
dentro de si. Outras vezes apenas o observavam. Atentos. Parados. Olhos bem
abertos. Como se estivessem hipnotizados pela apresentação avassaladora. Não
desejavam perder qualquer instante de segundo. E era sempre assim. Era algo intenso.
Era um turbilhão. Seu canto era meteórico. Catártico!
"Usava graves esporádicos apoteóticos." Meu amigo, ta botando as melhores frases viu! Bem demais seu "Artista do Preterito Imperfeito" haha
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ResponderExcluirWayne mais uma vez se consagrando como um artista do pretérito imperfeito do tudo e do nada..
ResponderExcluirParabéns Wayne seu blog é uma grata surpresa a cada leitura
Kkkkkkkkkkkkkkkk! Vlw, meus caros amálgamos. E deixem de frescura. Hahah!
ResponderExcluirHahahaha
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